LÉO
Me arrasto por debaixo da cama por causa da dor em espiral na cabeça. O nervo trigêmeo é o que mais incomoda. O cachorro acha que estou brincado. Encontro um scarpin no meu caminho até a porta. Não posso pedir ajuda antes de sumir com o corpo daquela mulher. O corpo meio iluminado pelo sol, estendido na transversal, aponta à estante de livros. Toco num dos pés dela, está congelado. Quando as pancadas na porta começam, o terror que sinto que dificulta meu raciocínio, a dor pesa e me atrapalha. V ão chegar, não há tempo! A s nuvens cobrem a luz do sol, sinto aquela sensação de desprendimento do espírito, mas não acontece nada. É tarde demais, ouço o som da madeira da porta sendo partida. ...