CHUCK PALAHNIUK

Assassinato, bizarrices e mais violência. Um pouco da vida do autor de "Clube da Luta"

Chuck Palahniuk
           Aqui está um sujeito que tem uma vida conturbada. Mas mais do que isso, alguém que gosta dos próprios traumas, usa isso como material para seu trabalho, e procura mais na vida de outros indivíduos, que como ele, tem um ótica diferente do que é a sociedade.

         Formado em jornalismo pela Faculdade do Oregon, Chuck foi ativo na profissão por muitos anos, escrevendo para revistas e jornais. Certo dia, teve uma epifania e percebeu o quão comercial e vazio era a industria da informação. Acabou largando tudo e vagou pelos EUA, conhecendo pessoas diferentes, fazendo serviços como mecânico e caminhoneiro.

         Talvez um dos fatos que mais tenha influenciado a escrita transgressiva do autor tenha ocorrido muitos anos antes dele nascer. Foi o assassinato de sua vó, pelo próprio avô de Chuck, que foi testemunhado pelo seu pai. Quem lhe contou a história foi o pai, quando Chuck estava na adolescência. O pai disse que estava escondido debaixo da cama quando o avô descarregou a espingarda calibre 12 na mãe. De debaixo da cama o pai de Chuck pode ver os sapatos.

         O avô de Chuck chamou pelo filho, e quando ele não apareceu, recarregou a arma e atirou em si mesmo.

         Mais tarde Chuck também perderia o pai em uma tragédia. Aconteceu quando seu pai marcou um encontro com uma mulher que mantinha contato pela internet. Os dois acabaram se encontrando. O pai de Chuck não imaginava que a mulher estava sendo perseguida pelo ex-companheiro.

         O pai do escritor e a mulher foram brutalmente assassinados a tiros em uma cabana no interior da cidade, e seus corpos foram incinerados.

         Mesmo com esses episódios violentos, Chuck Palaniuk não se deteve em explorar ambientes excêntricos, ou talvez tenha desenvolvido uma predileção por eles, como relata em "Mais Estranho que a Ficção", seu livro que contem histórias reais das pesquisas de Chuck e algumas de suas reportagens. Na obra ele trás relatos do universo das lutas clandestinas, do festival do sexo em Montana; contara o período que trabalhou como acompanhante de pacientes terminais, e relatará sua entrevista com Marilyn Manson, entre outras histórias.


        Como Chuck Palahniuk lida com essas situações densas e mantém sempre um sorriso no rosto, sem resquícios de depressão? Bom, ele diz que é uma pessoa má. Em 2018, numa entrevista ao podcaster Joe Rogan, Chuck deu como exemplo para isso, o fato de torcido para o câncer consumir sua mãe, quando ela estava no hospital, só para não ter que perder tempo em cuidados quando ela ficasse velha.

        Atualmente Chuck Palahniuk vive com seu marido em um antigo complexo externo da igreja de Vancouver, Washington, escrevendo e ocasionalmente dando palestras sobre escrita.

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