O TRISTE FIM DE UM GRANDE ESCRITOR

        Em 20 fevereiro de 2005, às 17h15, Hunter S. Thompson morreu por um tiro auto-infligido de sua arma favorita, uma pistola automática Colt, calibre .45. Provavelmente sentindo o desgaste do tempo, acelerado pelo alto consumo de álcool e drogas, ele não viu outra alternativa para seu declínio físico e mental, aos 67 anos.

Hunter S. Thompson em Woody Creek. Fonte da imagem: Rolling Stones

        Durante muitos anos Hunter S. Thompson se incumbiu de manter seu personagem de escritor drogado, e isso pode ter lhe custado mais do que se imagina. Quando jovem ele produziu muitas materiais de qualidade, como Hell's Angels, e poderia ter feito mais obras memoráveis nesse período de sua carreira, com menor consumo de drogas.

        Desde jovem ele flertava com o suicídio, e segundo suas ex-esposas, era um assunto que entrava em pauta com frequência nas discussões. Embora isso seja verdade, e haja registros de pensamentos suicidas em sua obra, penso que se todos tivessem tido maior responsabilidade com a sua situação com o vício em abuso de substâncias tóxicas, teríamos um final diferente, menos deplorável para Hunter.

        Johnny Depp, que sempre se disse próximo de Hunter S. Thompson, e que atuou em um filme interpretando um de seus personagens, pagou todo o funeral do escritor. Como era o desejo de Hunter, suas cinzas foram lançadas em um foguete sobre os morros de Aspen, no Colorado, acima de uma imensa torre com o simbolo do gonzo jornalismo.

Hunter S. Thompson e seu neto, William

         No Brasil as obras publicadas do autor são: Medo e Delírio em Las Vegas, Screw-Jack, Hell's Angels, A Grande Caçada aos Tubarões, Reino do Medo, e Rum, Diário de um Jornalista Bêbado. 

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