O RACISMO DESVELADO

Manifestações americanas impulsionam a marcha por igualdade racial


      Nas últimas semanas as imagens divulgadas do negro George Floyd sendo assassinado por asfixia pelo policial branco, Derek Chauvin, no meio de uma rua nos EUA, deram forças a questão da luta contra a descriminação racial e desvalorização da vida dos negros no mundo, levantando fortemente questões sobre o quanto estamos fazendo a respeito do combate ao racismo e a participação do negro na sociedade.

       No Brasil talvez a situação esteja pior do que os EUA no que diz respeito ao racismo, se levarmos em consideração o quanto é fácil encontrar reportagens feitas sobre relatos de abuso policial sob negros pobres no país, numa pesquisa rápida na internet. Não é à toa que pouco mais de uma semana antes do assassinato de George Floyd, o jovem negro João Pedro, de 14 anos de idade, tinha sido morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

        No nosso país o problema racial claramente não acabou  depois de 13 de maio de 1888. Com a desinformação como principal inimiga da democracia, ainda hoje há muitas pessoas que desconhecem a história dos negros, do preconceito que os cerca, e as dificuldades que essa população tem que enfrentar para poder progredir em uma sociedade que mantém a estrutura racista. Uma sociedade onde uma grande parcela é contra o sistema de cotas raciais, por exemplo, e não considera que sejamos um dos país que mais deve a população negra.

       Vale a mencionar que graças as cotas raciais, em 2019 um fato histórico aconteceu. Segundo o IBGE, pela primeira vez o índice de alunos negros e pardos matriculados em universidades públicas brasileiras superou as taxas de alunos brancos, alcançando 50,3% dos estudantes. Um importante avanço na luta ao combate a ainda atual hierarquia racial, onde brancos então sempre acima na pirâmide dos privilégios.

         É interessante analisar o fato de que mais da metade da população brasileira é reconhecidamente negra, segundo o IBGE, mas foi preciso um movimento americano tomar iniciativa na luta contra a segregação racial para que os brasileiros reagissem com força. Rompendo as barreira do viés racista inconsciente do brasileiro e abrindo seus olhos para o grotesco, exigindo uma reação.

         Aqui no brasil mais negros estão dando sua opinião a respeito de temas importante, muitas atrizes reconheceram os cabelos crespos, programas de televisão começaram a ouvir a parcela negra da sociedade, e telejornais deram espaço para seus jornalistas afro-descendentes. É um fato que a sociedade está avançando para melhor, e é fundamental que não deixemos retroceder.

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