CASAS SUSTENTÁVEIS

Biocontruções seriam o caminho para um futuro melhor do que se espera

Fonte da imagem: Depositphotos
        As casas sustentáveis funcionam como uma alternativa para diminuir o impacto do ser humano no planeta. Construídas com terra, esterco, serragem e descartes, como janelas velhas de automóveis, tampas de caçamba de lixo, garrafas usadas, além de muita mão de obra, uma construção dessas pode sair por menos de 70 mil reais.

        De acordo com a ONU a humanidade produz mais de 2  bilhões de toneladas de lixo por ano. E a maioria das pessoas nem se dá conta do quanto de material descarta a cada dia que passa. Somos cercados por coisas descartáveis, muitas feitas com plástico, um material que não decompõe na natureza. Sem esquecer também do esgoto que produzimos. Por isso, conforme se pesquisa sobre as biocontruções de casas, e se conhece a respeito das pessoas que optaram por viver nelas, mais o cidadão comum tende a se sentir um câncer no planeta Terra, percebendo também a sua ignorância e incapacidade comparado a essas pessoas que construíram suas lindas casas apenas reaproveitando lixo, onde até a tinta deles é orgânica (uma mistura de terra de formigueiro com cal). Para as pardes o mais usado nessas construções é o tijolo adobe, um antecessor do nosso popular tijolo, que é feito de terra crua, água e palha.

        Em uma entrevista dada ao Sesc no Youtube, Giulliana Capello, formada em jornalismo e atualmente escritora, dá detalhes da bioconstrução de sua casa. Com paredes de garrafas de vinho e azeite, a casa foi feita sem nenhuma grama de cimento, usando apenas a sobreposição das paredes. Giuliana talvez tenha tido o insight para a construção da casa após abandonar a função de repórter em uma grande emissora de tevê e se reinventar como monitora ambiental no Parque do Jaraguá, em SP. Hoje ela toma banhos de água reaproveitada da chuva, usando serpentinas para aproveitar o calor do fogão a lenha, que também esquenta os seis cômodos da casa. Além disso, Giulliana tem um pequeno lago com peixes, abastecido com a água que escorre do seu corpo durante os banhos.

        Para uma casa ser sustentável, contou Ivan Koslov, arquiteto aposentado e mestre em acupuntura, é necessário que a residência seja construída na maior parte por materiais adquiridos no local, que seja feita em grupo, se mantenha sem manutenção, tendo uma duração maior do que 10 anos, no mínimo. Ivan é morador de uma eco vila de casas sustentáveis, construídas por ele mesmo na década de 70. O arquiteto se gaba, aos 83 anos e com um grande palheiro aceso nos lábios, que não há maneira mais revigorante de se viver do que aquela.

        A maior dificuldade para se construir uma casa sustentável é a mão de obra, diz que optou por esse tipo de morada. Também é preciso paciência, porque a construção é demorada, e foco, porque no fim nas contas, o que você está fazendo é pelo planeta.

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