JIM CARREY PRECISAVA DE COR


Fonte: Vulture
       São cinco da manhã e Jim Carrey continua trabalhando em sua oficina, no segundo andar da casa. Deitado sobre uma escada de alumínio, ele pinta algo numa tela enorme que colocou no chão. Há outras pinturas e esculturas espalhadas por todos os cantos. Parece que toda a residência está aos poucos se transformando em seu estúdio de arte.

De Jim Carrey
       Desde a infância o ator se dedica aos desenhos e as esculturas, mas confessa que começou a levar a coisa a sério depois de passar por um período difícil, onde mergulhou em uma depressão já existente há anos. Para ele, suas obras foram a maneira de externar sentimentos que até então eram inascíveis.

      Já faz algum tempo que habilidade de Jim Carrey como artista plástico é reconhecida. Ele tem exposições permanente na galeria Wyland Beachwalk, em Waikiki, no Hawaii, e também na Califórnia. Além de fazer exposições frequentes em Las Vegas, e de ter repercutido mundialmente com seus desenhos críticos ao governo de Donald Trump.

       Enquanto procura seu tom perfeito de turquesa em um pequeno painel, Jim Carrey diz que "a arte tem que ser um tipo de serviço. Como se você estivesse servindo seu subconsciente. E ao mesmo tempo, esperando que alguém se identifique".

       O artista confessa não precisar usar mais nenhum antidepressivo. Algo que já disse em entrevistas à tevê. Ele também deixou de consumir álcool, café, açúcar ou qualquer outro tipo de estimulante. Jim diz que a vida é bela demais para se perder tempo com essas coisas.

        Em 2011, Jim Carrey lançou um documentário bastante interessante, chamado  "I Needed Color", no qual esse texto em boa parte se baseia. O documentário tem pouco mais de seis minutos de duração, e mostra os trabalhos artísticos de Jim no seu estúdio, além do processo de criação. Segundo Jim, seu principal objetivo com o documentário foi expôr para os fãs o que ele estava fazendo durante um período mais parado de sua carreira como ator, mas a obra também funciona como material motivacional.
       

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

LAGO DE IMUNDICES

              Todos sentados na mesa, cada um com sua comida caseira. Uma mistura apetitosa  das receitas, e ele pensando que a avó podia mesmo ter um presente para ele na bolsa no armário.           Comeu apenas um ou outro pedacinho de beterraba, mas ganhou o presente mesmo assim. Um barquinho com duas pazinhas como remos. Era como se a avó esse tempo todo não se importasse dele brincar com naquela água suja.            O  turno começava no final da madrugada. Antes de amanhecer já estavam no ônibus. Pelo caminho as colegas iam subindo. Gordas e magras, altas e baixas, de todas as cores e formatos, todas feias. Olhando pela janela, ele brincava com os cinzeiros nos bancos. Quando descia elas o carregavam por vielas escuras, enquanto as pessoas dormiam.              Ele achava que a avó trabalhava em um castelo, por isso gostava acompanhá-la quando podia. Na verdade ela era faxineira em um motel que a arquitetura tentava imitar algo medieval. Tinha pequenas muralhas e torres de defesa
CONTINUAR LENDO »

TOXOPLASMOSE É A DOENÇA QUE SE PEGA DO GATO

               Dalva espiou para dentro do quarto escuro. A cama parecia vazia, mas havia um ser humano deitado nela. Ela se aproximou e olhou a pessoa definhando, sem conseguir identificar se era homem ou mulher.                 Toxoplasmose, disse uma voz. a menina deu um pulo de susto. Havia uma pessoa no canto escuro. Uma adolescente com olhos puxados e cabelos muito pretos e escorridos. Ao contrário de quem estava na cama, seu corpo era robusto.                 Toxoplasmose é a doença que se pega do gato, disse a mãe de Dalva, mais tarde. Segundo a mãe, a menina não deveria se preocupar com essa doença, porque a principal causa de mortes na família era mesmo o suicídio.
CONTINUAR LENDO »

AMOR

               Naquela estrada deserta, numa noite de inverno, não se encontra ser vivo, mas se tem a sensação de algo espreitando no escuro.                Ali o homem desce do ônibus. Os olhos quase fechados pelo vento frio. Expõe seu crucifixo, aperta o cachecol e segue uma trilha longa e quase invisível, até uma casinha de madeira.                Ele enxerga  uma luz através da janela. Pega a chave escondida debaixo da lata com água e guimbas de cigarro. Abre a porta, que tem o símbolo do anarquismo desenhado com tinta preta, e não encontra ninguém.                 O homem acende mais velas. Começa a retirar embrulhos da sacola e a desfazê-los. No primeiro deles, um belíssimo órgão humano. No segundo, um pacote de cigarros.                Quatro anos atrás, só  o que ele tinha era o vício em pornografia. E quando a conheceu pela internet, tudo aconteceu rápido. Das onomatopeias, indicando risadas nas mensagens de texto, passaram a sangue enviado pelo correio.               T inham
CONTINUAR LENDO »