O FIM DO JORNALISMO E AS NOTÍCIAS FALSAS

Fonte da imagem: Huffpost

      Hoje assisti um episódio do programa Observatório da Imprensa, onde um grupo de jornalistas, reunidos por Alberto Dines, discutiu os novos padrões da indústria de notícias. Me chamou a atenção o inconformismo do finado jornalista, Alberto Dines, que não conseguia parar de se queixar do rumo que a sua profissão estava tomando. Os outros jornalista tentavam consolá-lo, explicando que ainda não era o fim de tudo, mas ele só balançava a cabeça e fazia cara de choro.

       Pensei a respeito, e diferendo do pensamento do grande Dines, acho que o jornalismo está longe de acabar. No entanto é inevitável que os formatos da profissão mudem com as tecnologia, e talvez foi isso que jornalista confundiu, o fim de velhas rotinas de trabalho com o fim da profissão.

       O que é atualmente mais preocupante nem é o fim dos modelos antigos de redação, ou o encerramento dos jornais impressos, mas a qualidade da informação que vem sendo passada nessa época de facilitação da comunicação, com não jornalistas publicando noticias para um público tão grande quanto o de um noticiário da tevê aberta. Esse com certeza é um dos principais motivo do grande problema das fake news, que não vai acabar com o jornalismo, mas mostra que precisamos cada vez mais de jornalistas. Não apenas por eles serem treinados nas funções de coletar, investigar e apurar informações, mas também por seguirem um código de ética na profissão.

        Segundo um grande estudo de 2018 feito pelo instituto "Ipsos", intitulado Fake News, Filter Bubbles, Post-Truth And Trust, somos o povo que mais acredita em noticias falsas. Na pesquisa, 62% dos entrevistados afirmaram já ter acreditado em fake news. Uma número muito acima dos 48% dos 27 países analisados. E ainda um estudo mais recente, feito pelo Instituto Reuters, diz que no Brasil, mais da metade da polução usa o WhatssApp como principal fonte de notícias. 

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