O MESTRE DO HORROR

Divagando um pouco sobre Stephen King

        Stephen King é sabidamente um dos autores mais vendidos do mundo. Todo ano ele lança no mínimo dois livros, seguindo sua rotina frenética de produção de pelo menos 10 páginas diárias. E nunca dá para ter certeza qual vai ser o tema da próxima história de King, mas se pode garantir que por mais que não seja tão boa, você vai acabar lendo até ao fim por conta da qualidade da escrita. 

        Desde o primeiro livro que li de Stephen King, "O Iluminado", sabia que esse seria um autor que faria parte da minha vida. No decorrer dos anos, consegui acumular uma pequena coleção de livros dele. Alguns clássicos, outros nem tanto. Dentre eles, um dos que mais se destaca é "Sobre a Escrita", um tipo de autobiografia do autor.

Stephen King (Fonte: The Star)

         Em Sobre a Escrita se encontram detalhes da infância do autor e todo o trabalho de construção que o levou a ser um dos mestres da literatura. Desde o abandono paterno, até a infância ao lado do irmão, e seu primeiro contato com a droga que o acompanharia pela maior parte da vida, o álcool. Isso e outros vários registros sobre a sua vida e seu começo como escritor profissional.

         Uma das característica de Stephen King é a simplicidade de sua escrita, que com certeza é uma das principais razões para o seu sucesso. O autor mesmo compara seus livros a comida fast-food, por serem consumidos por todas classes sociais. Embora essa sua comparação também seja uma critica ao valor cultural da obra, o que eu considero uma falsa modéstia da parte dele, por ter tantos best-sellers..

        Mais do que qualquer outra coisa, a paixão de Stephen King pela escrita o fez ser quem é. Por isso uma das coisas que o autor mais prega, é que é a determinação leva ao sucesso!

       “Se você quer ser um escritor, você deve fazer duas coisas acima de todas as outras: ler muito e escrever muito", Stephen King.

       Nos últimos dias eu acabei indicando para uma amiga um dos livros de Stephen King que fogem bastante ao padrão do autor. Por "Escuridão Total Sem Estrelas" ser um livro denso, sem nenhum conto com final feliz, ele não deveria ser indicado como uma primeira leitura de Stephen King, embora, na minha opinião, seja um dos melhores já escritos por ele. Fui falar com a pessoa para reparar o erro, mas ela já havia lido boa parte do livro e estava adorando.

        Para uma primeira leitura da obra de Stephen King eu sempre deveria me ater a indicar seu primeiro romance. Aquele que foi resgatado do lixo pela sua esposa, Tabitha King, "Carrie, A Estranha". Esse seu primeiro livro, publicado na década de 70, continua sendo um dos maiores livros escritos por ele. É um romance curto e cheio de acontecimentos bem amarrados em uma trama sobrenatural com uma história emocionante.

         No começo da sua carreira a pegada das obras de Stephen King era mais rock n' roll, na minha opinião. Com algumas exceções mais atuais, como o magnífico "Revival", publicado em 2014. King mesmo disse que adora compor suas obras ouvindo clássicos do rock n' roll, como AC/DC, Guns N' Roses e Motörhead, e garante que isso influencia na sua composição. Esse é um hábito que ele ainda tem, então não sei o que mudou.
 
        Nos últimos dias eu resgatei um clássico que há muitos anos não é publicado no Brasil, o livro "Depois da Meia- Noite", que é um compilado de contos excepcionais escritor por Stephen King. Dentre eles, "Jardim Secreto, Janela Secreta", que foi muito bem adaptado em 2004 para os cinemas, sob o título de "Janela Secreta", com Johnny Depp no papel principal. 

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